Entenda como engajar os estudantes no home office

Entenda como engajar os estudantes no home office

Postado em 20/10/2022

A EaD (Educação à Distância) não é uma novidade no meio acadêmico, porém, com a pandemia em escala global, encontrar estudantes no home office se tornou mais comum, devido a necessidade para minimizar os riscos de se contaminar com a COVID19.

Com essa nova dinâmica, educadores encontraram, entre tantos desafios, manter os alunos engajados. Principalmente surgindo novas tendências para modelos híbridos e remotos.

Dessa forma, manter o envolvimento de alunos em uma aula, mesmo que à distância, é muito importante para a retenção dos alunos e o melhor aproveitamento do material. Assim, demanda um ajuste na forma de ensinar e aprender por parte de todos os envolvidos. 

No ensino a distância, é fácil para os alunos se afastarem das aulas e encontrarem distrações em casa, ou simplesmente perderem a motivação sem o apoio de que precisam. 

Como educadores, é fundamental que esses profissionais criem um ambiente de aprendizado para os estudantes em home office que seja quase como se estivessem sentados na sala de aula, ou sob galpões de lona, para que todos possam aproveitar o ensino a distância de modo ainda dinâmico e interativo.





Como preparar os estudantes no home office?

Em um primeiro momento, os educadores devem entender os desafios que a educação à distância proporciona, tanto para os profissionais, como para estudantes e responsáveis que estão em torno de uma criança ou um adolescente.

Para muitos estudantes, todo esse cenário é uma novidade, ainda mais para quem está no primário, no ensino fundamental e médio, afinal, eles aprendem por meio de um dispositivo em vez de um professor ao vivo. 

Por isso, deve-se preparar os estudantes no home office, propondo um conjunto de diretrizes simples que, inclusive, ensinem a aprender de forma remota.

As diretrizes podem incluir dicas simples, como:

  • Fazer pausas entre aulas;

  • Manter uma rotina de estudos;

  • Montar um ambiente adequado;

  • Remover distrações.

Por parte do corpo docente, essas diretrizes podem ser apresentadas a partir da entrega de um vídeo sobre ensaio de dureza para que os alunos possam assistir, ou mesmo com uma postagem em um blog dedicado para o planejamento de estudos. 

Uso da interação via webcam

Como a EaD é praticamente uma novidade para uma geração que está ainda nos primeiros anos de estudo, os educadores devem fazer com que os alunos sintam que os professores estão presentes. 

Aplicativos de webcam facilitam o envolvimento com os alunos frente a frente e, ao ver as expressões faciais dos estudantes e realizar a comunicação por voz consegue-se manter a interação, engajamento e reduzir ruídos, o que ajuda bastante a manter o interesse dos alunos.

Dessa forma, há espaço para variar o tom de voz, assim como na sala de aula e, com isso, chamar a atenção, criando mais animação e participação ao criar debates sobre, por exemplo, sempre deixar a manutenção em notebook em dia.

Essa dinâmica dentro das aulas aumenta o engajamento e cria a sensação de  proximidade, mesmo que tudo ocorra em um ambiente virtual.

Construção de senso de aprendizagem conjunta

Por toda a história da humanidade, as fases de aprendizado demonstram que crianças e adolescentes mostram a necessidade de senso de aprendizagem conjunta, como uma comunidade. 

Fazer parte de um mesmo grupo pode ser libertador, e uma comunidade em uma rede social pode ser um caminho para que os alunos possam compartilhar anotações, fazer perguntas e se manter responsáveis por trabalhos em grupo, projetos e tarefas em geral. 

Nesse ponto, o educador responsável pode detectar o nível de envolvimento de cada um dos alunos, mostrando que o engajamento pode ter como base o número de perguntas feitas sobre balança comercial na aula de economia, ou mesmo o número de postagens. 

Também serve como uma ferramenta digital para corrigir métodos de ensino caso o nível de engajamento demonstre alguma queda. 

A interação com os alunos também pode ser alterada, mas é crucial manter o papel de educador em todos os pontos. 

Gerenciamento de recursos em nuvem

O engajamento dos estudantes em home office depende, e muito, sobre como o corpo docente mantém as aulas, projetos e tarefas na nuvem, para que todos possam acessar facilmente - de qualquer ambiente que tenha um dispositivo e uma conexão com a internet. 

Há plataformas em nuvem desenvolvidas para a EaD, em que é preciso apenas arrastar e soltar arquivos, assim como ocorre dentro de uma Pabx em nuvem para definir permissões de acesso, receber projetos e distribuir documentos. 

Os educadores podem integrar essas plataformas em nuvem com dispositivos de ensino, como o quadro branco digital que ajuda a evitar que as aulas fiquem sobrecarregadas com um emaranhado de arquivos armazenados em diferentes locais e discos rígidos.

Aprendizado ativo e criativo

Com as aulas online e os estudantes no home office, é preciso agir e colocar a criatividade para funcionar, ou seja, fazer com que crianças e adolescentes fiquem fora do dispositivo eletrônico mas, ainda assim, possam aprender. 

Colocar os alunos para conversar com pessoas mais velhas, dentro de casa, ou mesmo fazê-los coletar amostras de plantas ou pedras é uma saída para que a criatividade seja ativada e a dinamicidade seja mantida mesmo em aulas fora da sala de aula e no modelo à distância.

O incentivo ao uso de ferramentas tradicionais, como lápis e papel, régua e compasso, também pode fazer parte de atividades dentro de uma programação de ensino online. 

Feedback útil com frequência

Uma parte importante, pela falta de contato pessoal, é que os educadores informem os estudantes no home office de como estão se saindo, com uma certa frequência. 

Com uma comunicação clara e constante, pode-se lembrar que todos estão sendo responsabilizados pelas tarefas que entregam.

Dessa forma, um educador pode ter uma ideia sobre o progresso, ou então os problemas, que um aluno em particular enfrenta.

Essa atitude mostra o engajamento de cada aluno, e pode servir como ponto de incentivo para aqueles que não demonstram o mesmo envolvimento ou o interesse pelas aulas online, ou mesmo para saber quais atividades podem ser aplicadas para engajar os alunos.

Ensino gamificado para estudantes no home office

Os videogames fazem parte da vida de toda uma geração de jovens e adultos, e a gamificação no centro educacional pode tornar o aprendizado mais divertido, além de envolver e engajar ainda mais os estudantes no home office. 

Vale ressaltar que o ensino gamificado não precisa ser direcionado apenas a crianças. 

A adição de sistemas de pontos e medalhas às aulas pode motivar alunos e adicionar um componente competitivo, desde que seja saudável.

Essa ideia expande a forma de aprendizagem, e dentre os muitos métodos que o ensino gamificado propõe, permite que os estudantes recebam feedback de maneira imediata.

Usar jogos para misturar os formatos usuais de aula e manter uma proposta moderna é uma maneira de incentivar os alunos a se envolverem com anéis de segmento para trabalhos manuais. 

Essas lições também funcionam bem para o aprendizado online e não devem ser limitadas a jovens estudantes. 

Professores de aulas universitárias e profissionais podem usar esses métodos para incentivar o trabalho em equipe e a colaboração. 

Engajamento com o aprendizado multissensorial

Os estudantes no modelo online podem reter melhor as informações se elas forem absorvidas por meios visuais, táteis e de áudio. 

Além disso, cada criança aprende de uma maneira diferente, o que oferece diversas oportunidades de envolvimento com o conteúdo apresentado, o que se mostra uma maneira de aumentar o engajamento e até mesmo de promover a interação dos responsáveis.

O aprendizado multissensorial pode ser colocado em prática com a apresentação de legendas em filmes na aula de idiomas, com o áudio original para ouvir os diálogos das personagens, por exemplo. 

Em uma aula de exatas, os professores podem instruir os estudantes no home office a usar objetos, como brinquedos de encaixe, para trabalhar conceitos matemáticos e entender sobre manutenção de máquinas industriais na discussão sobre segurança do trabalho.

Incentivo à conexão com colegas de sala

O EaD pode promover uma sensação de desconexão, em que tudo se torna impessoal e fora da realidade e do convívio em sociedade. 

Dessa forma, o corpo docente deve conectar-se intencionalmente com os estudantes no home office, ao menos no horário da aula, como uma transmissão ao vivo que possa compensar o fato de todos estarem longe, fisicamente, da aula. 

Dentre as possibilidades está, até mesmo, realizar videochamadas individuais, para que possa conversar com os alunos de forma pessoal, a fim de responder a perguntas e aprender sobre as experiências com a EaD e, porque não, motivações pessoais.

O ambiente interativo também pode ser promovido por meio de oportunidades de colaboração entre alunos do ensino médio que debatem sobre aluguel de empilhadeira em um trabalho sobre empreendedorismo. 

Pode-se criar salas dedicadas para que um grupo menor de estudantes possa discutir tópicos relevantes, e depois possa ser apresentado dentro da aula em que todos estão presentes. 

A divisão de grupos menores ajuda alunos que demonstram timidez a se libertarem e ficarem mais à vontade, descobrindo a si mesmo, e como tem o poder de falar para mais pessoas. 

Projetos colaborativos realizados por estudantes no home office ajudam a preparar os alunos para trabalhar no mundo real. 

Com muitas empresas se convertendo para práticas de trabalho híbridas e remotas, aprender a se conectar com pessoas por meios virtuais será uma habilidade profissional valiosa.

Conclusão

A internet e a tecnologia, juntas, apresentam uma nova era de trabalho remoto, como para educadores, e reforça a possibilidade do ensino à distância para estudantes no home office. 

Métodos tradicionais podem se misturar às tecnologias voltadas para a educação, e o resultado final pode ser um ambiente de aprendizado valioso, que mantém o engajamento de todos os envolvidos em alerta, acompanhando o que a modernidade pode trazer para a sociedade.

Fonte: Business Connection


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